Eis que vem o resultado.
Fui fazer um mero teste, desses de internet, que você responde 9 perguntas e o cara descobre tudo sobre ti. O problema é que não satisfeita em ser um livro, o meu teste resultou em 3 livros.
Segue…
“O vampiro de Curitiba”, de Dalton Trevisan
Descolado, objetivo e realista. Cult. Você deve se sentir mais à vontade longe de shoppings, da TV e de qualquer coisa que grite “cultura de massa”. Nada de meias palavras: a elas, você prefere o silêncio. Você não vê o mundo através de lentes cor-de-rosa, muito pelo contrário. Procura ver o mundo como ele é, entendê-lo, senti-lo. Às vezes, bate até aquele sentimento de exclusão, ou de solidão. Mas é o preço que se paga por ser um pouco “marginal”. Não se preocupe, pois você atrai a admiração de pessoas como você: modernas no melhor sentido da palavra.
Em “O vampiro de Curitiba” (1965), Nelsinho protagoniza uma variedade de contos, nos quais ele busca satisfazer sua obsessão sexual vagando pelas ruas de Curitiba – paralelamente, esta cidade de contrastes se revela ao leitor. A temática e a forma já denunciam: este não é um livro para qualquer um. Tem que ter cabeça aberta para enfrentar a linguagem nua e crua de Trevisan, que é reverenciado pelo leitor capaz de driblar velhos ranços burgueses.
“Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto
Às vezes você tem uma séria vontade de estapear as pessoas, só para fazê-las acordarem e perceberem as injustiças deste mundo. Como podem viver em seus mundinhos banais, quando há quem passe fome e totalmente à margem de qualquer conforto ou assistência? Esta talvez seja a sua maior revolta. Por isso, você tenta fazer a sua parte. Talvez por meio de um trabalho voluntário, participando de movimentos populares ou somente se exaltando em rodas de amigos menos engajados. De qualquer maneira, você consegue de fato comover pessoas com seu discurso apaixonado e, ao mesmo tempo, baseado numa lógica de compaixão e igualdade que ninguém pode negar.
Essa missão é mais do que cumprida pelo belo “Morte e vida severina” (1966), poema dramático escrito pelo pernambucano Melo Neto que se tornou símbolo para uma geração em conflito com as consequências sociais geradas pelo capitalismo selvagem.
“Os donos do futuro”, de Roberto Shinyashiki
Vencer: é isto que você quer da vida. Ganhar dinheiro suficiente para construir um bom patrimônio, formar uma família harmoniosa e feliz, criar filhos igualmente campeões. Alguém prático como você nem combinaria com um livro de ficção ou com as questões universais que podem ser levantadas pela boa literatura. Entusiasta de self-made people e admirador do estilo de vida norte-americano, você não tem medo de trabalho e procura traças metas para alcançar seus objetivos. Quando dá, procura ensinar outras pessoas a fazer o mesmo, como faz Shinyashiki nas nove lições de “Os donos do futuro” (2000) que aponta as principais características de líderes competentes.